Leandro Pagliaro

Leandro Pagliaro é fotógrafo e diretor de fotografia carioca. Formado em Publicidade no Rio de Janeiro e em Cinema em Vancouver, no Canadá, iniciou sua carreira em 2010 na fotografia de moda, colaborando com fotógrafos no Brasil, Los Angeles e Nova York.
Na fotografia still, consolidou seu nome com publicações em veículos como O Globo, FHM Denmark, TRIP, TPM e L’Officiel Hommes. Suas imagens integram os livros Rio Botequim e Rio Bossa Nova (Editora Casa da Palavra), além de exposições autorais como Submundo — que investiga os limites entre religião e prostituição — e Olhar às Avessas.
No audiovisual, construiu uma trajetória sólida em produções de relevância nacional. Colaborou com o diretor Luiz Fernando Carvalho em séries e novelas marcantes como Dois Irmãos, Velho Chico, Meu Pedacinho de Chão e Correio Feminino (TV Globo). Como operador de câmera, atuou ao lado do renomado fotógrafo Walter Carvalho em produções como Os Dias Eram Assim, Onde Nascem os Fortes e Amor de Mãe (TV Globo). Atuou ainda como operador de câmera em Onde Está Meu Coração (TV Globo) e no longa Não Pare na Pista. Assinou a fotografia de Independências(TV Cultura), Os Outros (Globoplay, temporadas 2 e 3), Abraço de Mãe (Netflix Américas) e Coisa de Novela (TV Globo). Fotografou ainda videoclipes de Bárbara Ohana e Gogol Bordello, o curta Baile de Máscaras, de Iury Pinto — vencedor de 19 prêmios — e o documentário Mise en Scène – A Artesania do Artista.
Em 2017, publicou o livro O Processo Criativo dos Atores de Dois Irmãos (Editora Bazar do Tempo), fruto de seu acompanhamento dos ensaios da série homônima, registrando o mergulho dos atores na construção de seus personagens.
Em Velho Chico (TV Globo), sob direção de Luiz Fernando Carvalho, protagonizou um dos momentos mais emblemáticos da teledramaturgia recente: assumiu a câmera subjetiva que representava o olhar do personagem Santo. A experiência exigiu não apenas precisão técnica, mas sobretudo delicadeza emocional, já que as cenas eram gravadas sem ensaios ou marcações, preservando a autenticidade da interação entre câmera e elenco.
O trabalho de Leandro é pautado pela busca de intimidade e verdade emocional. Sua câmera não se limita a registrar, mas atua como presença ativa, aproximando personagem e público. Seu diferencial está em unir rigor técnico — luz, lentes, textura e ritmo visual — a uma abordagem sensível e colaborativa, criando imagens que ultrapassam a estética e despertam empatia, memória afetiva e pertencimento no espectador. Cada projeto é tratado como um organismo vivo, no qual a fotografia é parte essencial da dramaturgia.